E porque escolhi ser psicóloga?
Howard Gardner, professor de Harvard, desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas, questionando o tradicional teste de QI. Ele descobriu que existem vários tipos de inteligência, e que habilidades como matemática não definem o valor intelectual de alguém. Foi na faculdade que conheci essa teoria e entendi que eu havia nascido para ser psicóloga.
Ao me identificar com as inteligências linguística, intra e interpessoal, percebi que minha capacidade de me comunicar, entender emoções e auto-observar eram sinais claros do meu propósito. Desde sempre, fui fascinada pelo comportamento humano e adoro ouvir, aconselhar e compreender ideias diferentes.
Acredito que não vemos o mundo como ele é, mas como somos. E para realmente crescer, precisamos nos abrir às diversas formas de pensar, amar e viver. Expandir nossas perspectivas nos permite evoluir e nos conectar com a riqueza da pluralidade humana.
O caminho até a Psicologia Clínica
Logo no primeiro ano de faculdade, tive a oportunidade de estagiar na área de Recursos Humanos, onde atuei até dois anos após me formar. Durante esse período, desenvolvi habilidades em recrutamento, seleção, treinamento e gestão de conflitos, promovendo um ambiente de trabalho positivo.
Apesar de pensar que seguiria carreira em RH, inclusive fazendo um intercâmbio nos EUA para me aprimorar, percebi que não estava realizada. Mesmo trabalhando como consultora autônoma, ainda sentia que faltava algo.
Foi então que, em 2018, comecei a migrar para a psicologia clínica e finalmente me encontrei. O atendimento individual trouxe a realização que eu buscava. Com supervisão e muito estudo fui aprofundando meu conhecimento, até encontrar a abordagem certa para me especializar.
Neurociência e Comportamento
Minha especialização em Neurociência e Comportamento foi um marco essencial na minha formação como psicoterapeuta, aprofundando meu conhecimento sobre o cérebro humano – algo que, infelizmente, não é muito explorado nas faculdades de psicologia no Brasil, que têm uma base mais voltada às ciências humanas.
A neurociência me proporcionou uma visão mais ampla das estruturas cerebrais, comunicação neural, plasticidade e o impacto das bases genéticas no comportamento. Além de estudos sobre atividade cerebral e processos cognitivos como memória, aprendizado e emoções.
Psicologia Analítica Junguiana
Ao ingressar na psicologia clínica, iniciei com a psicanálise, mas não me sentia totalmente completa. Foi então que descobri a Psicologia Analítica Junguiana, que me cativou profundamente, sendo uma abordagem que oferece uma visão mais holística da psique.
Carl Gustav Jung abordou a espiritualidade como uma busca pessoal por sentido, integrando essa dimensão na individuação e na construção de uma vida alinhada com valores pessoais. Sua obra revela a importância de conectar-se com o inconsciente coletivo e os símbolos arquetípicos, proporcionando uma compreensão mais rica da experiência humana.
Como a Neurociência do Comportamento conversa com a Psicologia Analítica Junguiana?
Acredito que a união entre neurociência e psicologia junguiana oferece o melhor dos dois mundos: uma abordagem que não apenas fundamenta-se em evidências objetivas, mas também mergulha na rica subjetividade simbólica da experiência humana.
Enquanto a neurociência desvenda os mistérios do cérebro com rigor científico, a psicologia junguiana explora os símbolos e significados que moldam nossa existência. Essa combinação profunda nos permite entender não apenas o que somos, mas quem somos em um nível mais profundo.
Como é uma sessão comigo?
Como psicoterapeuta, minha abordagem é dinâmica e interativa. Ofereço feedback constante para enriquecer o tratamento, e nossas sessões são livres e sem roteiros, permitindo que o paciente traga o que realmente importa.
A construção da confiança e da intimidade ocorre naturalmente ao longo do tempo. Nas primeiras sessões, estarei ao seu lado, ajudando a facilitar a expressão de suas angústias e promovendo um espaço seguro para a descoberta.